quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Vamos caretear

Peço licença a prosa com a qual deleito os meus olhos. Ao mestre das minhas leituras, Nietzsche, outorgo-me dirigir ao caso do encanto pela virtude.
Pois bem, recorro aos pensantes. Termo esse que usarei com aquele ao qual tem me tirado as palavras.
Pensante, quem te autorizou a tornar-se dentro dos meus pensamentos? Por um acaso lhe foi dado o direito de adentrar ao palco de minhas estréias e encenar ali, a sua prosa poética?
Não me recordo quando, nem mesmo o motivo. Fez do meu anfiteatro, o esconderijo dos seus planos um tanto quanto egoístas. Não me permitiu participar da arte ao qual estava sujeito a realizar. Colocou-me do lado de fora. Tive que me contentar como telespectador.
Ora, será o acaso responsável por tudo isso? Ou esse audacioso plano já se desenrolava sem saber quando apenas tínhamos um dose e meia da melhor bebida ao qual nos coube?
Não saber o que se sucede a cada passo na sua encenação, é de arrepiar. Nunca se sabe quando e nem como vai terminar tudo isso. Ou mesmo que rumo tomará o desenrolar desse estranho jeito de contar histórias.
Menino, tornou-se homem quando percebi que não podia te alcançar.
Voltou a forma de criança no momento em que pensei ter aprendido alguma coisa.
Relacionar com aquele que não diz de fato quem é, se tornou perigoso.
Nenhum sistema de análise pode decifrar, quando se fala nos teus objetivos.
Torno-me apenas aos casos mal resolvidos ao quais nos enfiamos.
Olhar nos olhos de alguém que decifra os seus pensamentos, se torna desconcertante.
Não é justo ficar do lado de cá, mas permanecerei. Quem sabe um dia desses, perceba que subornamos mutuamente o caráter do outro, para que pudéssemos enfim, escrever a nossa ficção-científica.
Tornas-te o meu pensante favorito!

Um comentário:

Ferd disse...

Legal e em pouco complexo mais :
"Tornas-te o meu pensante favorito!"
Abraços