sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Só se for a DOIS

Pode se dizer o poeta das últimas horas… O rebelde que das não causas, se tornou exemplo, mesmo quando não queria. Espelho da geração da década de 80, mas que em meados dos anos 90, se imortalizou com a poesia simples e questionadora.

Homem com coração de criança. Criança com alma de humano.

Usou do seu melhor dialeto. Transformou em melodia, o som do seu coração. Colocou e letras, as suas infinitudes particulares.

Um coração pronto para dar. Mãos sempre postas aos que de piores existiam: pessoas, situações, coisas…

Cazuza, apelido dado para aquele que um certo dia, decide romper com a regra do jogo. Foge para escrever a sua história, e consegue, com o pouco que durou, desenhar uma nova sociedade.

Pode ser que os sonhos dele, fossem possíveis só para ele. Mas conseguiu com que milhares de sonhos fossem tirados dos baús mortos e colocados para fora, onde tudo deveria de fato acontecer, no mundo.

E o que acontece quando um poeta decide partir para outras terras?

Fica a sensação de vazio naqueles que não aprenderam com as perdas… Resta o silêncio, o grito preso na garganta, a lágrima que rola pelo rosto e o sonho vivido a dois: Só se for a dois.

Cazuza, ou loucos, poetas, bebados, geração de 80, geração de 90… o Brasil tem saudades de ti.
Sua história será escrita com os pincéis de nossas vidas.
Sua vida será vivida, totalmente tomadas com as nossas…


Este foi um post que publiquei (em outro blog) no dia 07 de julho desse ano (2010), dia que completou 20 anos da morte do cantor.

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