sexta-feira, 17 de setembro de 2010

. diálogo aberto

O
dia
veio, nem
pediu
licença e
entrou.
Tomou a xícara e serviu-se do meu café,
sem que eu
oferecesse.
Quem é esse?
O que pensa que é?
Dia...
Pensei em puxar assunto,
mas não sábia como.
Fiquei
apenas observando, até que ele,
como num impulso mal colocado,
levantou-se.
Olhou em mim, como se por
dentro.
Beijou-me.
Que sabor nostálgico.
Que pensamentos,
infinitos.
Ficou em mim, permaneceu em mim
o diálogo espantoso:

- não fale nunca Comigo. faço parte do Tempo. e como ele eu Passo.

Sem dar explicações.
Assim se foi.
Era um
dia.
Apresentando-me a sua amiga íntima
Noite.
Que chegou e...

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