A nossa liberdade não nos convém.
É claro que somos independentes, mas nem tão livres quanto pensamos ser. Ora somos escravos de alguém (no sentido menos complexo da palavra), ora de nossas razões e emoções.
Desvencilhar toda e qualquer forma de manipulação, torna-se incoerente na perspectiva de livre-arbítrio.
De fato, somos homens pré-dispostos a manter uma vida por nós mesmos? Ou nos acostumamos com a maneira corriqueira das coisas, onde tem sempre alguém por detrás de nós, responsável pelo suporte técnico dos nossos pesares?
"Vontade de conhecer a verdade" chamais vós, os mais sábios dentre os
sábios, àquilo que vos impele e inflama? Vontade de que todo existente
possa ser pensado: assim chamo eu à vossa vontade! Quereis, primeiro,
tornar todo o existente possível de ser pensado; pois, com justa
desconfiança, duvidais de que já o seja, Mas ele deve submeter-se e dobrar-se
a vós! Assim quer a vossa vontade. Liso, deve tornar-se, e súdito do
espírito, como seu espelho e reflexo.
(Assim falou Zaratustra, II, "Do superar si mesmo" F. Nietzsche)
Somos sujeitos que buscamos a verdade a todo momento. Mas até onde a verdade de fato o é? E a mentira contada por outro, será que não é verdade no seu mundo paralelo?
Assim também é o homem que tenta se superar, tornar-se de vanguarda. Ele usa e abusa dos seus direitos e esquece que o indivíduo ao seu lado, possui a mesma, não de forma maior nem menos, disponibilidades de direitos.
Tornaremos livres, somente quando a inteligência nos for presente. Quando formularmos as perguntas certas e cobrarmos respostas inteligentes.
Precisa-se de homens, não objetos, portanto, seres pensantes e não estagnáveis as escolhas alheias.
"Tenho um medo horrível de que, um dia, me proclamem santo". (Ecce homo - F. Nietzsche)
Um comentário:
Assim falou Zaratustra é um baita livro, mt boa a postagem
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