terça-feira, 27 de julho de 2010

Processo criativo


Pois muito bem, eu era um menino como todos os outros. Permaneci assim por um bom tempo: pernas cabeludissimas, as axilas então, Deus me livre. E tinha até um peru, fato. Me assusto quando recordo dele armado, parecia que tinha vida própria e queria atacar. Eu hein...
Tornei-me homem, e tudo que era meu na infância permaneceu, mas agora grande e profissional.
Fui pra rua, me singularizei com os hábitos pornochanchados de uma civilização pronta a comer um ao outro, era o choque suburbano. As calçadas era o palco das minhas pernas entrelaçadas diante ao dia-a-dia.
O maior problema foi quando surtei, algo em mim gritou por socorro: era o tal homem comum gritando dentro de mim. Isso me trás grandes dores sobre os ombros.
Os pensamentos saltavam, se movimentavam ligeiramente dentro de mim, percebi que tudo passou a não fazer grande sentido... E necessitava urgentemente superar tudo isso.
Já que estava na rua, resolvi andar. Andei, andei, andei... Subi um morro. Havia ali tantos pretos, velhos e muitos viados; era um espetáculo à parte, e os meus olhos brilhavam.
Avistei um grupo, fui me achegando, pedi licença e fui parar no meio da roda, não no meio, mas agora eu era membro do processo que por ali rolava. Eram muitos garotos, tinham ar de prepotência, e algo neles me lembravam a ato sexual... Vai saber.
Me envolvi profundamente com dois rapazes de notória aparência, e bem desenvolvidos. Mas calma aí, eram apenas os olhares que conduziram os nossos passos para fora do grupo e levou-nos a uma profunda prosa, que ficará guardada sob custódia do silêncio. Era como se tudo aquilo já tivesse sido programado.
Saímos de lá; descemos o morro e percorremos o caminho que nos levava até minha casa. Estava meio frio aquele dia, mas tudo parecia tão quente... talvez fosse a aventura a qual prometia aquele dia.
O que eu posso dizer sobre tudo isso? Não digo... A anedota é minha, mas cada um pode continuar ela ou simplesmente rasgar a página que se lê. Deixo apenas mais uma linha: vou viver o meu processo criativo, e você, VAI VIVER O SEU.


Dedicado à: Júlia Cardozo e Allek Cyber

2 comentários:

Gustavo disse...

Eu espero que uma dia, a história que se conte, seja a nossa... Mas uma história que durou pra sempre! ♥

Eu te amo...

Pequeno Príncipe disse...

Me diverti com essa postagem... dá um pulo la no meu blog...tem coisa nova!


www.1pequenoprincipe.blogspot.com