domingo, 25 de julho de 2010

Libido sadomasoquista

Diante da arte talhada com os próprios punhos, recebemos com grande satisfação a oportunidade de juntar nossas miudezas. Pedaços que deixamos cair ao longo de vários invernos e que sensacionalmente notamos que não passou de um grande mal entendido.
O fato a se questionar é o quanto fizemos nos últimos tempos para nos superar e o quanto acostumamos com o que nos foi oferecido. Claro, somos tão carentes que muitas vezes aceitamos receber porcarias em troca de algum "agrado" sentimental. Nos acostumamos com as coisinhas alheias, que em sã consciência jamais teríamos barganhado em troca de migalhas, de restos...
Dependendo da situação, se torna desconfortante, e penso que deve ser assim, a dor ao qual nos encaminhamos passo-a-passo para a superação do homem comum e estagnado em que nos tornamos.
Não somos objetos, menos ainda escombros capazes de armazenar entulhos. Acredito no valor que temos, mas não num valor de liquidação em que todos colocam as mãos, experimentam e deixam para trás. Temos que saber o quão refinado deve ser nossas escolhas. Não se dar em quantidade, pois o outro não é capaz de armazenar tanta diferença consigo. Cada um tem que levar o seu valor, os retalhos são particulares.
Enfim, estamos em construção. Isso tudo pode demorar, pode ser doloroso... Somos atingido muitas vezes em nossos alicerces para nos tornarmos fortes, e parece que com isso a gente já aprendeu a viver, mas a didática que nos faltou, é aquela que nos faz desmoronar: a queda do nosso singular teto de vidro.


Dedicado à: Sílvio César e Bruna Barros

2 comentários:

Bruna disse...

* Amo você, pra sempre e além! ♥

Olimpio disse...

O que nos causa desconforto deve ser sempre eliminado.. Sofrer é opcional!